27.05.2015 por Carito
Desde 2013 que venho fazendo de forma homeopática e aleatória o curta “Histórias Abertas”. As histórias vão aparecendo e eu vou registrando-as, quase ao acaso, de forma espontânea. Alguma coisa me leva às histórias, que podem ser contadas de forma convencional ou não. Uma história também pode ser contada através de um poema, de uma performance ou apenas através de imagens e sons. As histórias se abrem, em fragmentos diversos, em uma colagem de subjetividades. O curta está em fase de edição em mais uma parceria com meu amigo Levi Herrera. A trilha sonora original é do meu amigo e velho parceiro poelétrico Edu Gomez. Mas no filme outras músicas também contarão histórias. Estrelando: Valéria Oliveira, Renata Marques, Ramilla Souza, Marcos Bulhões (“Cegos” e “Índios”), Corbiniano Lins, Nathalia Santana, Mônica Mac Dowell, Camilo Lemos, Tom, William Marcussen, DD, Darci Santana, Regina Azevedo… Por enquanto, fiquem com o trailer. Enjoy it! https://vimeo.com/128967710
Carito
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19.05.2015 por Carito
E se eu não tivesse feito isso?
E se eu tivesse feito a kilo?
Mas eu fiz a grama
E se eu tivesse deixado ela crescer?
A vida é cheia de partículas
O se é apenas uma delas
É quando a gente cai em se.
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18.05.2015 por Carito
Sonhos na pauta:
Morrer de amor
Viver na flauta.
Carito
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06.05.2015 por Carito
Não perca nessa quinta, 07/05 o programa inédito que entrevista o cineasta Carito Cavalcanti e exibe seu curta “Fronteira” e o documentário “De Onde Vem a Música?”.
Olhar Independente
Toda quinta às 19h30
Reprise sábado às 15h30
https://youtu.be/N0ugw62qfNg
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27.04.2015 por Carito
Com muita alegria comunico que “Fronteira” foi selecionado para o Festival Goiamum Audiovisual: Curta Goiamum – Programa Potiguar. Quero agradecer a todos os parceiros que vestiram a camisa desse filme de guerrilha existencialista: César Ferrario, Levi Herrera Gobetti, Toni Gregório, Paula Vanina Cencig, Roberto Taufic Full, Rafael Tigre… Praieira Filmes na cabeça! “Tudo é metáfora. Não quero sair desse éter maravilhoso”. Saiba mais sobre todos os filmes selecionados aqui: http://www.goiamumaudiovisual.com.br/curta_goiamum.php
E assista o trailer de “Fronteira” aqui: https://vimeo.com/126206859

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26.04.2015 por Carito
“As pessoas sem imaginação estão sempre querendo que a arte sirva para alguma coisa. Servir. Prestar. O serviço militar. Dar lucro. Não enxergam que a arte é a única chance que o homem tem de vivenciar a experiência de um mundo da liberdade, além da necessidade. As utopias, afinal de contas, são, sobretudo, obras de arte. E obras de arte são rebeldias. A rebeldia é um bem absoluto. Sua manifestação na linguagem chamamos poesia, inestimável inutensílio.”
LEMINSKI
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24.04.2015 por Carito
Eu vou te contar um degredo
Antes que eu me fosse
Meu coração exilou-se
E sem corpo
Nas horas
Vaga.
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23.04.2015 por Carito
Quem zomba dos poetas nas colinas altaneiras
Não sobe de nada.
Carito
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27.02.2015 por Carito
Hoje não vou falar sobre o novo espetáculo dos Clowns “Dois Amores Y Um Bicho”. Não de uma maneira, digamos, convencional: atuações, ritmo, essas coisas.
Vou falar sobre feras feridas, Caetanos e cai os panos, indo do hermeticamente fechado ao hermeticamente Pascoal.
Faz tempo que tento lidar com minhas feras. Quando a gente fala sobre essas coisas com alguém sempre recebe um feed-back forte do outro lado. Feras vezes feras: muitas vezes mais e maiores que as nossas, para nos consolar e às vezes para nos assustar mais ainda. Não estamos sós! O fato é que há muito se olha para o céu tentando entender objetos voadores não identificados. Não estamos sós! Há muito se olha para dentro tentando entender coisas agora identificadas de vários nomes, que a poesia da vida há tempos chama de solidão, dores do mundo, melancolia, entre outros “ias”, que não vão, e ficam por muito tempo. E nisso também – não estamos sós!
Pulo agora para falar sobre blockbusters. Quando alugo ou compro algum filme chamado de “comercial” para me atualizar e conferir o trabalho (há muitos filmes comerciais bons) e na mesma leva assisto algum “filme de arte” ou “independente” (muitas vezes aquele que sei que vai exigir de mim uma atenção maior, uma tensão maior, etc.), geralmente o que é mais simples e fácil de assistir é o comercial, o blockbuster. Mas também depois não fica comigo – do jeito que entra fácil sai fácil. E o chamado filme de arte (alguns chamam hoje de “cinema de autor”) pode até gerar alguma dificuldade devido a sua complexidade ou linguagem, pode até demorar em sua digestão, e talvez por isso mesmo ele fica. Passo a semana pensando no filme. Muitas vezes não de uma forma linear. De uma forma não lógica ele se impregna em mim, através até de uma imagem, uma cena, uma fala, uma estranheza, uma beleza, uma dor. Às vezes para sempre.
Assim foi ontem em “Dois Amores Y Um Bicho”. Sinto que posso vivenciar o espetáculo de várias maneiras, em busca mais que de uma absorvição: de uma absolvição. Fragmentos do espetáculo povoam agora minha mente. Tenho até vontade de voltar e chegar no fim da peça para assisti-la de trás pra frente. Nesse exato momento não estou preocupado em entender a peça bem direitinho, suas metáforas, sua complexidade, seu contexto histórico, sua contemporaneidade, etc. Nesse momento estou impactado com a queda. Sai do Barracão do Clowns ontem muito tonto e muito tanto! Aquele momento dos aplausos finais… Parecia que todos estavam em transe. A última cena literalmente me nocauteou. Quando saí do Barracão fui a um posto de gasolina comprar uma água e quando sai da loja de conveniência caí no chão, machuquei as mãos, me estatelei de frente, cara a cara com o chão. A verdade é que eu já estava no chão há muito tempo. Culpa de César, Titina, João Junior, Marco França, Ronaldo, Rafa, João Marcelino, Renato Carrera, Gustavo Ott, Márcia Lohss, Ana Cláudia Albano, Johann Jean e toda a equipe que botou pra foder!
Carito
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